A noite desmaia a teus pés.
Entre espaços respiras a saudade aquando a lembrança invade o olhar.
De longe esboço um soneto ao teu corpo.
Poderia ter-te mas perder-te-ia nas mãos do bom senso.
Estou aqui, descansa.
Ouço o Jazz que não gostas, não faz mal.
Sentas-te não sei onde, deixei de te ver.
Agora deambulo eu, vagamente atiro insultos.
A quem? Não interessa.
Esmoreço, agarro-me a um lampião.
Deixar-me-ei estar. O frio corta-me o escrever na luz nocturna.
Há-de haver outros que por aqui irão passar.
Lágrimas irão verter. Aí serei a fonte dos que amam e são proibidos de o fazer...
21 Dezembro 2008