Fecha-se a noite, o tic-tac do relógio parou. Respiração que se sustem.
A mão que brinca, a carne que explode ao mais pequeno trajecto.
Amantes beijam-se, unem-se num fogoso cumprimento de saliva.
Evidência que palpita entre cada nota tocada.
Desejo de rasgar o céu, atravessar a via láctea e nos anéis de Saturno girar e girar até o êxtase borbulhar.
A mão que não quer parar, desenha a nudez na neblina que se gera.
Não há gemidos, encurtaria o tempo que tão pouco se torna.
Empurram a ausência carnal, vivem o prazer divinal de estar e não estarem a fazer amor.
Leve bater sentem. A mão parou, as bocas que se fecham.
O tempo entrou e um adeus ditou.
Correm destemidos por entre gracejares, escondendo a mágoa de mais uns dias o tempo ditar.
O tempo, sempre...
14 Janeiro 2009
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