Confesso, peco ao tentar beijar a loucura que transporto.
Fico absorto, devaneios que palpitam o meu corpo.
Abate-se em mim um estranho sentir, querer o exílio num exíguo espaço.
O confessionário não tem Deus, quem me ouve é algo transcendente.
Rasgo a roupa, sensação de paz. O fumo de mais um cigarro passeia em mim.
A meia haste grito. Não de prazer, desejo.
Talvez porque me apetece, não sei.
Medo, muito medo. Deixem-me na condição desenfreada e atónita do orgasmo.
Paradoxo que salta, deixo-me cair.
A portilhona fecha-se, terminou o início: Eu confesso.
Será minha penitencia, tão só minha fornicar com a insanidade quando amor poderia fazer.
13 de Novembro de 2009
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