Arde a lua num manto negro, cruzamento de vozes.
Intervalos de alguma fúria transformam-se em chuva que dilacera o corpo.
Calor que invade o chão, lambem os sapatos o chão amargurado.
Acabo sozinho, beco escuro que me abraça.
Beijos que são meros bafos, boca seca...
Picadas nas órbitas, o exíguo espaço absorve a alma, curtos raios de um luar que desmaia entre as brechas do ser. Junção do universo, afastamento dos sentidos.
Escreve-se um soneto, curtas e medidas palavras.
Arrasta-se o ponto final, a noite atinge o clímax, o ser desaparece.
27 Agosto 2010
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