A noite traz um seio de fora, não se importa com os demais.
Rasga o céu com uma lua tépida, esbranquiçada, cheia de amor.
Parado continuo neste tentar de um cigarro fumar.
Corre uma leve brisa que me desperta o sentido.
Penso em ti, absorvo a nudez que circula.
Movimento que a estrada tem não incomoda este raciocínio.
Deixo-me ir em lembranças outrora extasiadas, cheias de prazer.
A música jorra em cascata, ouço-a ao longe.
Chamam por mim...
Enlaço o desejo de te amar nesta boca que quer.
O corpo estende-se hirto, esconde-se sob o seio que teima em se mostrar.
Vontade de ter aqui, agarrar nesse fado que trazes e ser a Severa de outra quimera.
Que a noite recolha o seu seio e me deixe na negrura da noite.
Serei o anjo que te fará dormir...
13 Março 2009
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