Teu corpo são dois gomos.
Travo amargo, adocicado que se misturam num salivar palpitante, delirante.
Comer de uma só vez seria pecado, confissão meio atabalhoada por palavras semi-cortadas.
Escorre um fio de sumo, o dedo que ampara sua queda.
A boca que te deseja, abre-se num arranjo musical.
Forma-se um soneto, contorno teu corpo flamejado pelo luar que te expõe.
Meus dedos tremem, frágeis tentam delinear no breu o teu sentir.
Sobe a temperatura, aragem que cessou.
Desfolho os gomos, devagar, com uma sensualidade e ternura que faz corar o lençol que nos cobre.
Não sei se te trinco por cima ou por debaixo.
Ajeita-te em minha boca, prometo ser infinito no prazer e vontade de te amar...
12 Abril de 2009
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