Horas mortas, conheço-as bem.
Acompanha-me uma chávena de chocolate quente.
Entre cada baforada de fumo que se dissipa vagueia o pensar sem ter onde pousar.
Noite taciturna, pavoneia-se entre o orvalho do luar.
Olho o horizonte, cegueira da solidão.
Rola mais um golo, queimo o chão. Peço desculpa.
Não sei que dizer, talvez nada ou devo gritar?
Embalo o gracejo de uma criança que se chega a mim.
Enxoto-a, não me digam nada. Nada, simplesmente o nada.
Horas mortas, passam por mim num leve esvoaçar.
Ao longe, não sei bem quando, o chocolate se esfumou.
O cigarro já em cinza está.
Bem que gostaria de matar este tic-tac que me leva a pensar o quanto te quero amar.
08 Fevereiro 2009
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