O dia cessou com leves farrapos acobreados pelo calor.
Tentei escrever o que a mente dilatava, vazio sobreposto pelo cansaço.
Ainda pensei em pegar no lápis que dançava em torno da folha que gritava por palavras.
Sons abafados circundavam, a mão que não respondeu.
Adormeci sob a frase que pairava no ar, a mesma que deu início a isto que te escrevo.
Escrever pelo simples acto de ditar algo que me faça sentir vivo.
Agora já a noite se despiu, olhando o horizonte sinto que estou oco quanto ao sentir.
Nesgas de pensamentos fazem completar o esqueleto deste marasmo.
Nada sei, nada sinto. A vontade de sair de onde estou é mandada parar pelo agir.
Não sou o sujeito da acção, apenas o verbo que estagnou no pertérito-mais-que-perefeito.
25 Fevereiro 2009
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