sexta-feira, 30 de julho de 2010

Contrai-se o ai solta-se o suspiro.
Nos intervalos de lucidez descai a solidão, arguta, outras vezes manhosa.
Sentir agoniante, labareda que incendeia o cérebro. Corpo inerte perdeu a vontade numa altura que esqueceu. Não saem lágrimas, seriam fingidas e lambidos pelo luar que desce em leves fios.
Corpo abandonado, inanimado. Não há mãos que o tragam de volta, somente os olhos observam.
O falar faleceu, enterrado entre baforadas de um cigarro mal apagado. Não quero flores, tragam diálogos, sons.
Solidão trago espetada no peito, dependurada num prego já oxidado. Não serei mostruário, retirar-me-ei algures entre a surdez e o biombo dos que se despem de conversas...