terça-feira, 22 de abril de 2014

Beco, escuro, onde choro. Letras, vírgulas e pontos de interrogação que ao mar quis deitar.
Não quis o que lá despejei, cuspiu-me, colocou por terra o amargo que desejei retirar.
Neste canto, canto e conto os recantos que ao longe te desenham. Sombra que vai e vem, ilusão fingida, algo simulada por uns olhos que te desejam.
As minhas mãos lambem a frieza da noite, percorro o corpo que poderia estar a meu lado, termino entre a angústia que se instalou.
Quisera eu, entre palavras dizer o que me vai na alma, impossibilidade deste meu ser, não me permite dizer que te amo.
Não será timidez, algures uma mão que me estrangula as palavras. Tiro-as a saca-rolhas, saem de mansinho, que te cubram como um manto, sendo eu a agulha que as irá cozer. .