sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Quão leve é o pesar que carrego neste pensar.
O dia vestiu-se de noite, tons alaranjados misturam-se num raiar de escuridão.
Turbulências nocturnas, galopam sob a lua que se acende.
Meio fundida, meio lapidada por dedos cansados.
Desdobro a quantidade de palavras em qualidade do ouvinte.
Não quero enumerar o pesar se te pões a pensar.
Pensar distante, por vezes vazio, camuflado por um leve sorrir.
Se angústia na frase colocar e o pesar retirar, poderei afirmar que o pensar é a dor adjacente do que me faz chorar.
A lua o pico atingiu, não penses que me ponho a olhar.
Distracção neste rol de lamentar só traria sobriedade à embriaguez que te quero mostrar.
Poderia terminar o mundo, eu impávido assistiria. Se este pesar carrego é por tanto te amar.
Amar e não ter, querer e não poder.
Que estas mãos inúteis te escrevam, não que o amor é lindo, floreado, etc..
Apenas e somente que é por ti que escrevo e outros seres bombardeio as lamurias que sinto.
Vou tentar adormecer, se chegares toca à porta três vezes. Saberei que o carteiro o meu pesar remeteu e o teu corpo me deixou.
20 Fevereiro 2009

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