sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Silêncio, não que se vá cantar o fado.
Imposição do espaço temporal.
Rola lá ao longe, diálogos, monólogos não os sei definir.
É uma enxente de sons que se misturam com o esbracejar do pensar.
A lua rasgou a noite, fez-lhe um corte na diagonal.
Jorrou sangue, nasceu a embriaguez dos que temem a vida nocturna.
Entre as putas, gaiatos que bebem e se fazem de homens, estou sentado.
Virei-me de costas para o luar. Sinto o banho de luz, raios que penetram as palavras.
Cândida é a forma como evapora o meu fumar.
Ondas de fumo que formam balões de diálogo nas personagens.
Deleito-me ao tentar entender o que pensará cada uma. Bem visto será que não quero eu deambular pelos arquivos do meu rol de pesares.
Desce a rua a vontade de gritar. Escondo-me não me apetece falar.
Daqui vou sair.
Para onde? Não me importa.
Oh noite, eleva-me em teus braços. Deixa-me na cama do verbo amar.
Vou-me embora. Sem destino mas com vontade de poesia te declamar...
7 de Janeiro 2009

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Marco, obrigado pelo teu comentário no meu blog.
Se não te importares gostaria de colocar um link do teu blog no meu.
Fica bem, abraço.
G!