segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Desabrocha da boca um lírio, seria de esperar um beijo: ardente, embora fugaz, talvez lambido pelo desejo.
O beijo não houve, leve brisa rompeu o acto.
Mãos que tremem, levam lágrimas aos olhos, espelho da ansiedade, grotesca ambição de um leve roçar.
Múrmurios, lamentares, pesares pendurados em paralelo juntam-se a palavras.
Obtusas, velozes e certeiras.
Pisam e empurram sem sequer pensar que alguém as arrancou.
Teria tanto para dizer, embora este sentir não se traduza. É fictício para todos os que vêm.
Restam os pesados minutos, orgasmos reprimidos aquando tua pele toquei.
Secura, não quero beber a não ser teu corpo. Paro de escrever, chorarei num cigarro.


23 de Julho de 2009

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