segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Na manhã da vida perguntava o porquê do porquê?
Hoje num final de tarde, o sol descai na planície que se formou.
Limito-me a prenunciar que o porquê é uma condição, não tem acção apenas uma imposição.
Grave e sublime pensar, no fingir que teimo passar.
Não quero o condicional do limite, desejo explodir em fragmentos do ser.
Livre como o espaço entre duas palavras.
Teço finos versos, teias que entrelaçam os olhares.
Avista-se a noite, magra e sedenta do conhecer.
Suspiro que salta da boca, beijo entabaloado numa rima ordinária.
Tens o saber do meu ser.
Cultiva-me, faz-me crer que a noite trará a lucidez e não a embriaguez do porquê quando me perguntarem o porquê de não te ter.


28 de Julho de 2009

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