domingo, 4 de janeiro de 2009

Ainda que quisesse mostrar-te a luz, não iria ser possível.
A noite sobrevoa-nos, rasteja a geada diante dos olhos.
As mãos que gelam, a boca que se mostra preguiçosa por esboçar um leve olá.
Eu ordeno que acordes, não me ouves.
Sacudo o teu corpo.
Não vás com esse senhor. Ele levar-te -á por gélidas águas. A outra margem é obtusa e soturna.
Anda para meus braços, encher-te-ei de calor e amor.
Vê como ando a praguejar.
Loucura, exaustão.
Nada poderei fazer bem sei.
Não me digam: como estás?
Estou que não estou, o céu acende-se perante tua presença.
Corro pela escadaria, anda agarra a minha mão.
Despede-te dos que já conheceste.
Acordo deste pesado sonhar, estás ainda aí.
Inerte e disperta perante os olhares que te querem deixar descansar.
Choro a dor e mágoa que ainda há-de vir.
Não me despeço eu de ti.
Estarás sempre junto a mim aquando o homem de negro te abraçar.
04 Janeiro
Para a minha irmã.

1 comentário:

Anónimo disse...

my friend, exposiçao dia 10 de janeiro no café tic tac em alcochete, se puderes passa lá!
bj li