sexta-feira, 1 de maio de 2009

As intermitências da noite levam-me à loucura.
O céu desfaz-se em suaves farrapos.
Lambo o orvalho que se vai gerando por entre os meus olhos.
Insanidade, dormência de um cérebro apagado por uma borracha que alguém teve a ideia de usar.
Quão louco, poderei eu estar?
Também não quero a sobriedade das palavras que outrora alguém palrou.
Saio de mim, deixo-me molhar pelos fios de poemas que advém do céu.
Todavia pensar está fora do limite do querer.
Adormeço entre a saudade e o desejo que penetra o corpo que deixei.
A lua está fundida esta noite, despe-me e acaricia.
Não sou forte, deixo que ela e a loucura dos dias me deixem beber em teu corpo o antídoto para em pleno te amar.
30 Abril de 2009

1 comentário:

Sônia disse...

Eu diria que seu (outro eu) está apaixonado! rs...ou não?