quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Pensamento vago, escorre entre as frestas de uma goteira.
Plin, plin, plin.
Corpo que se contorce, solta-se um ai. Acende e apaga a luz, visões nocturnas.
Sai do armário um hálito quente, toca o corpo.
Sente-se a diversão afiar a língua, acto contínuo de prazer.
Todavia, rompe-se o fio condutor de um sonho.
Manjar de excitação, términus num acto solitário.
Tal qual o de uma puta, tanto prazer experimentou.
Nenhum a alma lhe tocou.
Jorrar de água na janela, a noite que brotou devagar entre lençóis.
O luar que cheira a jasmim, nárcisos.
Pecado com sabor a solidão, drama que compõe um soneto.
Atirado janela fora, agarra-o. A maldita puta que tem como fado despir e fazer sair o prazer da solidão.
Sendo ela a mais só dos seres...
06 Janeiro de 2010

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