sexta-feira, 3 de abril de 2009

Tacteio o escuro já coçado pela vertigem da saudade.
Procuro teus braços, o calor que me falta.
Vazio, frio me agarra.
Onde andas que não te vejo.
Escoa entre paredes o lacrimejar, a boca que se abre esperando um beijo.
Um só beijo que sugue a vontade de te amar.
Cegaram-nos os corpos, imposição dos que temem quem ama.
Sento-me, o ar é pesado.
Nesgas de um luar banham-me, lavam-me a alma.
Gota a gota que cai, é uma palavra, metáfora que escrevo.
Que importa se me encontram neste lamentar.
Que venham os hipócritas e me levem.
A alma que carrego encontrará e se consolará quando um abraço teu na luz do dia encontrar.
02 Abril 2009

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