segunda-feira, 13 de abril de 2009

Teu corpo são dois gomos.
Travo amargo, adocicado que se misturam num salivar palpitante, delirante.
Comer de uma só vez seria pecado, confissão meio atabalhoada por palavras semi-cortadas.
Escorre um fio de sumo, o dedo que ampara sua queda.
A boca que te deseja, abre-se num arranjo musical.
Forma-se um soneto, contorno teu corpo flamejado pelo luar que te expõe.
Meus dedos tremem, frágeis tentam delinear no breu o teu sentir.
Sobe a temperatura, aragem que cessou.
Desfolho os gomos, devagar, com uma sensualidade e ternura que faz corar o lençol que nos cobre.
Não sei se te trinco por cima ou por debaixo.
Ajeita-te em minha boca, prometo ser infinito no prazer e vontade de te amar...
12 Abril de 2009

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