quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Pensei que fosse mais fácil dizer o que sinto.
Encenei monólogos, até duetos.
Fragmento de língua travada me saiu, olhar escamado pelos dedos que num zum zum limparam a última palavra.
Acto de desenrolar a língua num diz-que-diz seria contínuo não fosse a preguiça se espreguiçar.
Palavras, esquemas, simbolismos...
Quão difícil se torna aquando o sentir vira o tempo verbal do avesso.
Teimo em colocar granadas nas frases, esperança que um estilhaço me traga o que pretendo.
Mão humana quer escrever, mas será com um leve exercício muscular que com os lábios pronuncio a m o - t e.
A fonética está surda, não cores.
É o teu amar que me faz ser tão difícil escrever o que te é amar.


13 Outubro 2008

1 comentário:

Anónimo disse...

Ha coisas que não são precisas escrever... dificil é sentir!