segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Quereis vós amar?
Amai-vos por entre as folhas de cerejeira e o ardor do pinhal. Colham o fruto vermelho que mais vos apetecer.
Tapem-se com o orvalho que sai do lacrimejar do sol.
Oh, querendo vós amar...
Plantai-vos sob o estrume despojado de outros seres que perderam a dicção da palavra e colocaram um hífen.
Quereis vós amar?
Amai-vos no caudal do luar, venham as intermitências do prazer.
Esgotem a saliva bebendo o cálice que vos dou.
Beberão o nada, nada sabendo que vos irá esperar.
Abram o baú, manta que deslizará a vossos pés.
Aroma ardente, provocante até.
Êxtase, fogo, ardor...
Nada importa, querendo vós amar.
Insistem que escreva estas parcas e talvez opacas palavras. Não será ordem, um desejo abrupto que me rompeu de rompante a mente inundada de sei lá que mais.
Quereis vós amar?
Sejam loucos, deitem palavras ao vento.
Forniquem no seio da noite, calor vos dará.
Perguntam-me vós - Queres amar?
Se quero amar? Eu já amo o amor que me flambeou e trinchou com a seta do cupido.
Amar, amo todos os minutos que com ele estou.
Odeio os segundos quando a saudade me toca.
Mas amar tem 1g de amargura e 1kg de felicidade por cada beijo.
Amar, amo aquando o seu corpo se roça no meu e me diz - Amo-te.
06 Outubro 2008

1 comentário:

Anónimo disse...

Não sei que dizer... estou confuso! Não pelo que expressas mas como o expressas... poderei dizer que está "estranhamente" bonito!