segunda-feira, 16 de junho de 2008

Trocamos mudas conversas aquando o tempo cai sobre nós.
A ligeireza da ondulação faz-me navegar até o vazio.
Sinto uma lágrima seca, presa entre a dor e o olhar daqueles que nos acompanham.
Merda de vida que tudo nos tira.
Ao estar sentado na proa, vislumbro belas paisagens.
Natureza morta e viva.
Chega-me a felicidade e dor de quem está na margem.
Não tenho o velho do Restelo para pregoar o infortúnio.
Apenas a poesia que dança neste corpo que tem vontade de se atirar borda fora.
09 Junho 2008
Durante descida do Rio Douro

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