domingo, 1 de junho de 2008

A noite grita por uma cama onde se deitar.
Sente-se só, o corpo arrefeceu.
Chama que lhe arde na ponta da língua queima o céu daqueles que observam.
Deita-se a espreitar o gemer que lhe chega de longe.
Sente uma vontade, não sabe o que fazer.
Encontra um anjo, pede-lhe as asas emprestadas.
Nota que este sexo não tem.
Decide ficar igual.
É então que chora, arranha a alma.
Sexo não tem, nunca o teve.
Fuma uma cigarrilha, despe a maquilhagem e veste a vontade de um beija flor ser.
Quer bebericar e comer todo o néctar daqueles que se amam.
Põe o xaile, a um canto de uma cama está.
Cama de ninguém, onde um dia o vazio lá dormiu e o sexo perdeu.
O fumo envolve-a, a tristeza abraça-a.
Dá um beijo ao sono e dorme no vazio de ser o início e o fim de tudo.
31 Maio 2008

1 comentário:

Anónimo disse...

continuo a adorar, como sempre, mas agora com muito pouco tempo tempo para vir aqui e deliciar-me a ler um bocadinho....sabes como é..bem, agora tenho de ir novamente, bj muito grande e espero que tudo melhore em breve, agora vou ver muse
li