quarta-feira, 18 de junho de 2008

Teve o tempo a vontade e desejo de um ponteiro analisar.
Viu a languidez escorregar por entre o mecanismo que se esforçou por ser rápido.
O tempo que tempo pediu, o ponteiro deixou. Não tinha interesse a monotonia das horas que pesam o tempo no seu acordar.
Perdeu o tempo a sensatez, coerência.
Decidiu que tempo não queria ser, tormento optou por ser.
Perguntou o tempo ao tempo o porquê de tormento querer ser.
O tempo que se riu, mostrou as teclas de piano que é o seu sorriso e nada disse.
Zangaram-se os dois.
Tempo deixou de haver, tormento passou a existir quando o relógio era consultado e via-se que tempo nunca houve, apenas a dor de sofrer por mais tempo haver quando se ama.
18 Junho 2008

1 comentário:

Anónimo disse...

Quando se pede tempo é porque é preciso acertar ponteiros em outras direcções... quando depois se seguem essas direcções é curiosamente o tempo que nos ajuda!

ZAPper