domingo, 7 de setembro de 2008

Como podes amar-me?
Amar-me será um pecado, um veneno mortal!
Não te importa o que pensam as mentes vazias, bem sei.
Vê como suas línguas esquartejam o chão que andamos.
Como podes-me amar?
Sabes que por ti pérolas dei, múrmurios ao vento gritei.
Mandaram-me calar, meu corpo sossegar.
Tremi, confesso-te. Quis chorar, arrancar a roupa e em ti me afundar.
Lágrimas peneirei, o coração pesei.
Nu, na rua dancei.
Quiseram-me prender - está louco - disseram.
Nada importa.
Como podes tu me amar?
Se me estendo no soneto que te escrevi, um copo de vinho me encobrirá.
Como podes tu não me amar?
Se por ti montes e vales saltei, a morte enganei.
Como poderemos nós não nos amarmos?
Quem nos reprime, que se cale!
Se não sabeis o que é amar, como podereis vós não querer que outros se amem.
Se não sabeis amar, deixai que eu vos ensinarei.
Amor meu, retórica te coloquei.
Fecha os olhos e ama-me perguntando: Onde estavas quando não te encontrei?
7 de Setembro de 2008

2 comentários:

Anónimo disse...

não será que amar é também deixar que falem???
que importa se é amor que tens?

abraço!

Anónimo disse...

hello,caestou eu de novo!agora até tenho tido um tempinho, mas parece que tu é que andas muito ocupado....bem espero que estejas a curtir em londres...eu ca estou a espera das ferias.bj li