terça-feira, 30 de setembro de 2008

A cigarra canta o silêncio nocturno.
Descanso sob o orvalho que vestiu as pedras da calçada.
Lânguidade distante, morna e sombria está a meus pés.
Não a quero hoje, prefiro o livre tacto.
Olho o vazio, vendo o poema que componho.
Lágrimas doei a outros olhos que por mim passaram.
Teço a linha imaginária, doem-me os dedos. Quem me mandou cavar na terra em busca de serenidade.
Chamam por mim, ignoro o chamar. Não estou nem para mim mesmo.
Silêncio pretendo.
Deixem-me ser os loucos que fingem.
27 Setembro 2008

1 comentário:

Anónimo disse...

Sei que estás aí!