segunda-feira, 26 de maio de 2008

Leva-me para longe desta quimera em que tenho e não tenho.
Tira-me deste marasmo de sede em que te busco, qual oásis num deserto. Tenho-te ao toque de uma mão, não será bem verdade quando a mão já os dedos lapidou de tanto procurar.
Angústia que me ronda, abraça tal qual a vontade de colher um lírio selvagem para em teu corpo repousar.
Acesso de loucura me invade, rebenta com a pulsação.
Cego e surdo fico, em meu redor apenas a saudade deambula da mesma forma com que cravo o teu peito.
Oh! Pobre de mim, em mármore me vejo ao talhar em papel estas parcas palavras que te escrevo.
Bum! O meu cérebro rebentou, palavras que atropelam as vozes enervantes que teimam em circular.
Tudo termina com um simples lacrimejar. Não quero andar, por ti vou esperar sentado no mural de prosas e lamentos.
Anda, sinto um cansaço.
Vou adormecer, o veneno de amar bebi. Sê o príncipe que me salva.
Vem, não te demores ao chegar porque na barca posso entrar.

26 Maio

Sem comentários: