terça-feira, 22 de abril de 2008

A gaveta fechei, nela me deitei.
Na escuridão da penumbra senti-me a toupeira que cava e cava ...
Rebusquei a raiz do teu corpo, apenas desejo e saudade encontrei.
Mexi-me no exíguo espaço - cantei a canção de embalar.
Deixei-me ir por entre a cueca que vestiste e o perfume que me provoca.
Não adormeci, teus braços imaginei rondarem o meu ventre.
Abri com um movimento o rectângulo de madeira.
Saltei para a cama - onde estavas?
Ris-te, quem te disse que poderias enlouquecer-me?
Aconchego-te a mim, foi então que acordei.
abraçado ao beijo que te despertei quando o teu corpo se vestia e a mim despia.
21 Abril 23h53

1 comentário:

Anónimo disse...

para variar és simplesmente surpreendente, e obrigado pelo conselho, vou investigar...bj