domingo, 6 de abril de 2008

Sobre a noite cai uma cortina de nevoeiro ...
Tal qual o pano que encerra uma peça de teatro ... Os transeuntes aplaudem, aclamam com fervor pedindo bis ...
eu que deambulo sem rumo, passo pela cortina ...
Oiço um burburinho sobre o actor principal ...
Pergunto o que se passa ... Ignoram-me ...
Continuo a andar, estou no palco ...
Dou por mim sendo uma personagem comandada pela vontade alheia ... A meu lado estás tu ...
Tento correr até ti ... Não consigo, estás a um palmo de mim ...
O público ri ... A vontade mexe os cordelinhos ... Sou uma marioneta ...
Choro, tu olhas-me ... Um beijo te envio ...
Afastam-nos, põem-nos de costas voltadas ... Tento fugir - espera a cortina está a esgueirar-se por entre os presentes ...
Anda, vamos ... Já longe nos amámos no luar de uma noite que acabou de despertar ...
04 Setembro 2007

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