segunda-feira, 14 de abril de 2008

Talhei em teus lábios a doce e eterna saudade de me amares.
Subi ao palco da vida e aí gritei aos espectadores que fui a puta que me apeteceu, o mentiroso que me fiz, a doida que pela noite vagueou. O poeta que fingiu amar quando tudo odiava, o homem que outros homens amou.
Nem um aplauso, não faz mal.
A saudade que em ti criei acena-me.
Dispo o figurino do que fui, corro a cortina de bambu.
O espectáculo terminou!
Em mim trago o beijo que me mudou.
Beijo que me deste numa noite gritante em que o sol teimava em fazer amor com o luar.
Nesse entardecer te queimei com o meu falso pudor.
Se te talhei, hoje sei que foi por te amar.
Não mais o figurino vesti, no purgatório de outra estação o deixei.
Dedico-me somente, ao lapidar de palavras que em teu coração pretendo colocar.
Hoje e em diante não mais serei a puta, serei o rei que em teu coração chora quando me vens amar e em tua boca o amor vem a dançar.
Talhei em tua boca a vontade de te amar.
Não te demores, estou aqui vem me buscar.
14 Abril 0:08

1 comentário:

Anónimo disse...

ESTOU A VER QUE O FATIMA FEZ-TE BEM!!!!!!!!!!!!!!VALENTE!
BJ
LI