domingo, 20 de abril de 2008

A luz que se acendeu, nada mais foi que a lua ao se erguer.
Despi-me. Agarrado ao reflexo exercido no mar dancei até que uma gaivota em mim pousou.
Com ela fiz amor fugaz, violento, ardente.
Gritei e gemi sob a ondulação que o meu corpo vinha lamber.
Exaustão saia de mim, não parei após acto contínuo de prazer.
A dança continuei, música?
Não a tinha, para quê.
Do meu órgão notas musicais eram expulsas.
Até a areia que soturna tem por hábito ser num voyeur se tornou.
Nada me importou, meu corpo gemia ao ser penetrado pelo raiar de mais um luar. Um orgasmo fingi, a cabeça tombei e suspirei.
Acendi um cigarro, acto premeditado.
Sob o mar deitei o prazer que me saia.
A ti que ao longe vias-me e me pintavas com o pincel, enviei uma lufada de fumo.
Vi-te tremer de loucura.
Aí me vesti, contigo fui ter e um verdadeiro orgasmo desejei ter.
20 Abril 23h30

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