segunda-feira, 28 de abril de 2008

O mar, hoje nada me diz.
Sinto-o vazio, distante.
Os olhos que buscam têm uma capa que os obstrui, tudo nega.
Uma leve pontada toca-me, não sei explicar.
Ando a fumar demais o stress do dia-a-dia.
Sentido oco, estragado, magoado tal qual o mar que se sentou ao meu lado.
Vejo uma criança que chorou pela mão que não lhe tocou. Depois o adulto crente, sonhador mas que sofre na noite fria de verão.
Aceno um leve lacrimejar, engulo a angústia que o mar ora me traz ou embala para outro lugar.
Sentir tão enfadonho, soturno.
Encosto-me, não sei bem ao quê.
Sinto que as pálpebras pesam água que querem jorrar em meu peito.
Tremo, uma constante já em mim.
Vou parar!
Vou na cauda do vento um aconchego buscar.
28 Abril

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