domingo, 6 de abril de 2008

Oiço um choro ...
Choro compulsivo mesmo por debaixo da minha janela ...
Pergunto quem é, ninguém responde ...
O choro continua, cada lágrima que no chão cai tem uma sonoridade distinta ...
Escuto mais um pouco, que lindo; parece um piano a falar ...
A rua estende cada nota que cai ... Abro a janela e pendurada numa corda vejo a nota Fá ...
Que composição musical tão estranha penso eu ...
O choro volta, a rua mais uma nota coloca no estendal ...
Eu volto a perguntar: Quem sois vós que chorais? Porque gemes esse pesar? ...
De forma envergonhada o amor se levantae diz - A razão que me faz viver está longe meu senhor ... Com alento lhe digo: Não chore mais, a razão subrepõe-se a si que é o amor mas também tem vezes que o amor oculta a própria razão ...
O amor estende-me a mão e diz: Senhor aonde anda a sua razão? ...
Eu respondo que no meu coração ...
16 Agosto 2007

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