domingo, 6 de abril de 2008

Porque brincas tu lampião, não vês que sujas as pedras com o teu chorar ...
Levanta-te e acende cada transeunte que passa ...
Deixa de esfregar o casaco que te deu a amargura ... Vai, vai ...
Olha aquele homem que espreita por entre duas lágrimas o seu amor se deitar ...
Ai, lampião, coitado de ti que teimas em brincar ...
Já a noite te corta o andar e tu nesse passe de gueixa ...
Anda levo-te até aquele que te falei ...
As lágrimas já não lhe escorrem ...
Ficaram presas ao ver o seu amor pedir a todos os santos que ficassem juntos ...
Vem, vamos juntos fazer aqueles dois se amar ...
Depois meu bom amigo, iremos escrever no céu o fado que Deus quiser ...
Onde estás lampião?
Oh já se foi ...
Confunde-se agora com o fumo que deito ...
Apago o cigarro, apago a dor de brincar ...
12 Novembro 2007

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